quarta-feira, 6 de junho de 2012

Experiências


A RESISTÊNCIA DOS OVOS



   As cascas dos ovos são frágeis, não são? Mas serão mesmo?

          Material necessário:

·         4 meias cascas de ovos

·         Uma tesoura

·         Fita-cola

·         Latas


          Procedimento experimental:


·         Enrolar a fita-cola à volta da secção média de cada meia casca de ovo.

·         Com a tesoura, aparar as cascas, de modo a que cada peça tenha uma borda uniforme.

·         Voltar as quatro meias cascas para cima, de modo a formarem um quadrado.

·         Colocar uma lata em cima das cascas, segurando-a na vertical.

·         Continuar a colocar latas umas em cima das outras, até que as cascas se partam.


          O que se observa:


As “frágeis” cascas de ovo podem suportar um peso surpreendente.


          Explicação:


O segredo da resistência das cascas de ovo está na sua forma. Não existe nenhum ponto das estruturas das cascas que suporte todo o peso que se encontra assente nelas. O peso é distribuído ao longo das paredes curvas até à base mais larga.






COMO FAZER MANTEIGA
      Para fazeres manteiga vais precisar de:

.1 pacote de natas

.1 frasco.

      Como fazer:

·         Colocas as natas no frasco, tampas e agitas durante algum tempo.

·         Vai surgir um líquido que se chama soro, escorres para um recipiente, voltas a fechar o frasco e abanas novamente.

·         Juntas um pouco de sal e vais guardar no frigorífico para solidificar.



Quando estiver mais sólida, barra no pão e ... Bom Apetite!!!







UM JORNAL RESISTENTE

               A tua pancada mais forte não conseguirá fazer mover o jornal sem medo!


          Material necessário:

·         Um jornal
·         Uma régua de madeira
·         Uma mesa ou um bocado de madeira

         Procedimento experimental:

·         Colocar uma régua numa mesa, deixando sobressair 3 a 5 cm da borda da mesa.
·         Colocar uma folha dupla de jornal sobre a régua, de modo a que fique alinhada com a borda da mesa.
·         Bater com toda a força de que se for capaz na extremidade da régua.

        O que acontece:

      O jornal não se mexe!

       Explicação:

É a pressão do ar exercida sobre o papel que impede que este se mova.
O ar empurra para baixo com cerca de 1 Kg por centímetro quadrado.
      Para uma folha de jornal média, a resistência total é de, aproximadamente, duas toneladas.




 

ESFEROVITE

      Material necessário:
·         Uma tina de vidro
·         Acetona
·         Tiras de esferovite


     Procedimento experimental:
·         Colocar dentro de uma tina de vidro uma boa quantidade de acetona.
·         Empurrar a esferovite para dentro da tina.
·         Quando a esferovite estiver reduzida a pouco, retirar a “pasta” residual da mesma da acetona e deixar secar.
·         Agitar o lenço, com a ajuda da pinça metálica, até que a chama se extinga.

       O que se observa:
      A esferovite dissolve-se em poucos segundos.
      Depois de deixar secar o resíduo de esferovite, ele fica duro e pode, simplesmente, ser deitado ao caixote do lixo.


      Explicação:
            A acetona destrói as ligações entre as moléculas e liberta todo o ar aprisionado dentro das bolhas de esferovite.
      O que é a esferovite?
  A esferovite é a designação corrente do poliestireno expandido, uma espuma leve e rígida, constituída por pequenas esferas recheadas de ar. As propriedades isolantes e mecânicas da esferovite permitem a sua utilização para diversos fins como, por exemplo, para revestir electrodomésticos quando estes são embalados.

Técnicas de Expressão Plástica

Dobragem

Origami



http://en.origami-club.com/







Carimbagem



Com balão

Com Carrinhos de brincar

Com balão



Colagem




Com coffettis


Com lã



Com papel de lustro e/ou souflan



Com ráfia




Modelagem


Com plasticina



Pintura



Com giz


Com tinta e pincel


De sopro



Recorte e Colagem








Histórias Infantis


A Cigarra e a Formiga

Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou:
- Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar! O verão é para gente se divertir!
- Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno. Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer.

Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha. A cigarra então aconselhou:
- Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar!
A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga. Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa. A rainha das formigas falou então para a cigarra:
- Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio.

A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou:
- Hum! O inverno ainda está longe, querida!

Para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo.

Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga.
Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio.
Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa.
Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra:- No mundo das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar connosco, cumpra o seu dever: toque e cante para nós. Para cigarra e paras formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas.







                                 
A Dama e o Vagabundo

            A Dama e o Vagabundo Que natal feliz! Uma jovem recém-casada recebeu de presente uma pequena cadelinha que chamou de Lady. E desde então é um festival de carinhos que não tem fim! Lady é tão linda que os cães do quarteirão não tem olhos para nada, a não ser para ela. Especialmente Vagabundo! Porém, Lady recusa-se a falar com ele. Ela acha tão despenteado, tão mal-educado! Um belo dia, Lady deu adeus à sua boa vida. Sua dona teve um bebê. Todos os sorrisos, todos os carinhos são para o recém-nascido. Mas o pior de tudo é quando tia Sarah chega em casa com seus dois horríveis gatos. Si e Ão. Os dois siameses malvados começam imediatamente a atacá-la e a mexer em tudo que havia dentro de casa. Lady defende, porém quebra tudo na sala. Como punição lhe colocam uma focinheira. Lady se debate, salta, dá pulos, se enfurece! Para onde será que ela vai? Ela foge desesperada para a rua, e os cães vadios a atacam sem piedade. Mas eis que chega o Vagabundo! Ele rosna, morde, afasta os cachorrões, Salvando Lady. Lady se encanta com a bravura de Vagabundo e começa se apaixonar! Vagabundo conduz Lady à uma cantina do seu amigo Tony. E aquele dia em especial Tony prepara uma deliciosa macarronada para os dois. E ali começou um grande romance.

            Mais tarde eles se casaram, tiveram muitos filhotes e Lady pode voltar com sua família para casa, onde todos puderam ser felizes.




A Bela Adormecida

Era uma vez...

Um rei e uma rainha muito tristes porque não tinham filhos. Até que um dia nasceu uma linda princesinha que eles chamaram de Aurora. No dia do baptizado vieram três fadas madrinhas, Fauna, Flora e Primavera para dar-lhes os seus presentes. Flora a presenteou com grande beleza e Fauna com uma maravilhosa voz para o canto. Mas antes que Primavera pudesse dizer qual era o seu presente, um furacão invadiu o palácio, e com ele entrou Malévola, a Bruxa do Mal.

Furiosa por não ter sido convidada para a festa. Malévola jogou na inocente criança uma terrível maldição:

- No dia em que completar 16 anos, Aurora espetará o dedo no fuso de uma roca de fiar e morrerá.

Após pronunciar estas palavras horríveis, ela sumiu no ar. Por sorte, ainda faltava o presente de Primavera:
- Minha magia não é tão forte quanto a de Malévola, por isso só posso tentar atenuar a maldição. Aurora não morrerá, mas entrará num sono profundo, do qual só vai despertar com um beijo de amor sincero.

A pequena princesa foi colocada sob a guarda das três fadas madrinhas, que a levaram para o bosque. Os anos se passaram sem que ninguém soubesse onde estava a princesa, nem mesmo a bruxa malvada. Passeando e cantando no bosque, a princesa encontra um jovem cavaleiro que andava ali por perto, Felipe. Os dois conversaram a tarde toda e se apaixonaram.
Enquanto isso as fadinhas preparavam uma linda festa de aniversário. Como as coisas na cabana não davam certo, resolveram usar suas varinhas e tantas mágicas que fizeram, que o pó colorido escapou pela chaminé e chamou a atenção do corvo de Malévola.

Quando Aurora chegou na cabana, ficou muito feliz com a festa-surpresa e adorou o lindo vestido. Contou que estava apaixonada.

Quando souberam de tudo, ao invés de ficarem contentes as fadas ficaram tristes e então disseram toda a verdade para Aurora. Ela estaria, como princesa prometida para outro homem. A pobre princesa chorou muito e depois seguiram para o castelo de seu pai.

No castelo dos pais, Aurora ficou deslumbrada! Percorreu todas as alas e, numa delas, encontrou uma velha (a bruxa MALÉFICA disfarçada!) que estava a fiar numa roca, e lhe pediu ajuda. Aurora, boa como era, não foi capaz de dizer que não. Mas mal tocou na roca, picou-se, e caiu no chão profundamente adormecida.

Quando as três fadas, que já haviam regressado ao bosque, souberam do sucedido, resolveram encantar o castelo. Todos adormeceram nos lugares onde estavam, o rei, os músicos, os cortesãos, os criados, até o bobo da corte e as aias e os cavaleiros! O tempo ali como que parou. Desesperadas as fadas foram procurar Felipe. Contaram tudo a ele. Imediatamente pôs-se a caminho. Com o castelo cercado de espinhos, as fadas então presentearam Felipe com o Escudo da Verdade e com a Espada de Esperança.

A bruxa malvada transforma-se num enorme dragão. Felipe luta como pode. Quando tudo parecia perdido, Primavera veio ajudar Felipe e encantou mais uma vez a espada. Quando ele a arremessou contra o coração do dragão, ela foi certeira e Malévola desapareceu para sempre.

O príncipe correu para a torre onde estava Aurora e, beijando-a com amor, rompeu o encanto. O feitiço desfez-se! Aurora acordou. E acordou o rei. E a rainha também. E acordou toda a corte. E a alegria voltou ao castelo, e fizeram-se grandes festejos, com música e danças por todo o lado.

E naquela noite, Aurora dançou com Felipe. Mais tarde casaram-se e viveram muito felizes.








Branca de Neve e os 7 anões

            Há muitos anos, num distante reino, vivia um rei com a sua filhinha à qual pôs o nome de Branca de Neve. Era uma menina muito bonita. Passado algum tempo o rei enviuvou. Mais tarde voltou a casar com uma mulher belíssima, mas extremamente cruel e, além disso, feiticeira, que desde o primeiro dia tratou muito mal a menina.

            Quando o rei morreu, a feiticeira, vendo que a Branca de Neve estava muito bonita, deu-lhe a fazer todo o trabalho de casa. A rainha tinha um espelho mágico e todos os dias lhe perguntava quem era a mulher mais bonita do mundo. De todas as vezes o espelho respondia que era ela.

            Um dia, ao fazer a habitual pergunta, o espelho respondeu:

-Tu és bela, mas a Branca de Neve é muito mais.

            Louca de ciúmes, a malvada rainha ordenou a um dos seus servidores que fosse com a Branca de Neve até ao bosque e lhe tirasse a vida. Como prova que havia cumprido tão infame acto, deu-lhe um cofrezinho para trazer o coração de Branca de Neve. Quando o servidor ia cometer o horrível crime, teve pena da pobre princesinha e poupou-lhe a vida, mas preveniu-a que fugisse para o mais longe possível. Depois, para poder levar à rainha uma prova que havia obedecido às suas ordens, caçou um veado e colocou o coração do animal dentro do cofre. Branca de Neve andou pelo bosque até ao anoitecer e, quando estava muito cansada, deixou-se cair numa pequena clareira, onde adormeceu profundamente.
            No dia seguinte, quando acordou, viu-se rodeada pelos pequenos animais da floresta, dos quais ficou logo amiga. Quando lhes contou o que tinha sucedido e que não tinha para onde ir, os animaizinhos fizeram-lhe sinal para os seguir. Depois de muito caminhar, chegaram a uma casinha no centro do bosque. Dentro, tudo era pequeno. Tanto as mesas, como as cadeiras, como as caminhas que havia no andar superior, eram diminutas. Por todo o lado reinava a desordem e tudo estava sujíssimo. Pelo tamanho das coisas e dos móveis, a princesa pensou que a casa seria habitada por crianças. Ajudada pelos animaizinhos que a acompanhavam, não tardou a ficar toda arrumada. As roupas limpas, os móveis sem pó e os utensílios de cozinha brilhavam de tão limpos estarem. Pouco depois um alegre fogo ardia na lareira. Branca de Neve estava cansada. Foi para o piso superior e, juntando três caminhas, deitou-se. Pouco depois adormeceu.

Quando anoitecia, 7 pequenas personagens encaminhavam-se para a casa do bosque cantando uma alegre canção. Eram os donos da casa onde Branca de Neve descansava, mas não eram crianças, eram sete anõezinhos. Todos eles, menos um, tinham as barbas muito brancas. Vinham de trabalhar na sua mina de diamantes, cuidadosamente escondida no bosque. Quando chegaram à casinha ficaram surpreendidos ao verem as luzes acesas e tudo tão limpo e arrumado. Começaram a revistar toda a casa. De repente encontraram Branca de Neve, que ainda dormia.

Quando a princesinha acordou, eles apresentaram-se: o Dorminhoco, o Envergonhado, o Miudinho (o único que não tinha barbas), o Feliz, o Atchim, o Sabichão e o Rezingão. Ela contou-lhes todas as aventuras por que tinha passado. Os anõezinhos reuniram-se e resolveram tomar conta dela. Naquela noite, preparou-lhes uma boa ceia e, a seguir, fizeram uma festa em que todos cantaram e dançaram.

A malvada rainha não tardou, por meio do seu espelho mágico, a saber que Branca de Neve continuava a ser a mulher mais bonita do Mundo, e o lugar onde se encontrava. Louca de fúria, decidiu acabar pessoalmente com a vida da princesinha. Para isso, utilizando um líquido, envenenou uma maçã. Quando Branca de Neve a mordesse cairia de sono, como morta. Só poderia despertar se recebesse um beijo de amor. Assim, a rainha foi até à casinha dos anõezinhos, decidindo aproximar-se de Branca de Neve quando os seus companheiros fossem para o trabalho. Quando os viu partir, foi junto da princesinha com a desculpa de pedir-lhe um copo de água. Depois, mostrando vontade de recompensá-la, deu-lhe a maçã envenenada. Branca de Neve mordeu-a e caiu no chão.
            Avisados pelos animaizinhos do bosque, os sete anões correram para casa. Todos traziam as suas ferramentas e paus para defenderem a sua querida princesinha. Quando chegaram junto da sua amiguinha viram que estava caída no chão como morta e a horrível bruxa que fugia. Imediatamente se lançaram em sua perseguição com vontade de a castigar como merecia. A madrasta, para escapar aos seus perseguidores, escalou uma alta montanha. Foi a sua perdição, pois escorregou e caiu no abismo onde encontrou o seu fim. Justo castigo para as suas muitas maldades.

            Os anõezinhos regressaram para junto de Branca de Neve. Deitaram-na numa cama e choraram a perda da sua amiga. Estavam junto da princesa quando por ali passou um príncipe que os ouviu chorar e parou para averiguar o que tinha sucedido. Ao ver a belíssima Branca de Neve deitada no seu leito aproximou-se dela e deu-lhe um beijo de amor. Este beijo quebrou o feitiço e a princesa despertou.

            A alegria dos anõezinhos foi enorme. A sua boa amiguinha estava viva. O príncipe pediu a Branca de Neve que casasse com ele. Assim, e depois de se despedir dos seus pequenos amigos, o feliz casal encaminhou-se para o palácio do príncipe.





A Lebre e a Tartaruga

Uma lebre estava sempre a fazer troça da tartaruga porque ela andava muito devagar.

- Na verdade, não percebo porque te incomodas a ir a qualquer sítio - dizia a lebre com ar de escárnio - porque quando chegas seja onde for, já tudo acabou.


E a tartaruga respondia:
- Talvez eu seja lenta, mas aposto que chego ao fim deste campo primeiro do que tu. Se quiseres fazer uma corrida comigo, posso provar-te que é assim.


Vendo a vitória fácil, a lebre concordou e desatou a correr o mais depressa que podia, enquanto a tartaruga se arrastava. Isto aconteceu a meio de um dia muito quente, e daí a pouco a lebre começou a sentir um pouco de sono.

«Parece-me que vou dormir uma soneca debaixo daqueles arbustos - disse ela para consigo. - E mesmo que a tartaruga passe, apanho-a enquanto o diabo esfrega um olho.»


A lebre deitou-se e daí a pouco estava ferrada no sono. E a tartaruga lá se ia arrastando debaixo do sol escaldante. Daí a muito tempo, a lebre acordou. Era mais tarde do que pensava, mas olhou em volta, confiante.
«Não consigo ver nem rasto da tartaruga.»

E lá seguiu por entre as ervas e o trigo, galgando valados e moitas com a maior facilidade. Em poucos minutos dobrou o canto do campo e parou um momento para ver o sítio onde estava marcado o fim da corrida. E, a menos de uns metros da meta, lá estava a tartaruga, caminhando sempre em frente, passo a passo, cada vez mais perto do final da corrida.

Com um enorme salto, a lebre lançou-se a galope. Mas já era tarde. Porque, embora se atirasse de um salto sobre a meta, a tartaruga tinha chegado primeiro do que ela.

- E agora, acreditas no que eu te disse? - perguntou a tartaruga.
Mas a lebre estava demasiado cansada para responder.




Com paciência e perseverança, tudo se alcança.






A Princesa e o Sapo

Era uma vez um príncipe que queria casar com uma princesa — mas tinha de ser uma princesa verdadeira. Por isso, foi viajar pelo mundo fora para encontrar uma, mas havia sempre qualquer coisa que não estava certa. Viu muitas princesas, mas nunca tinha a certeza de serem genuínas havia sempre qualquer coisa, isto ou aquilo, que não parecia estar como devia ser. Por fim, regressou a casa, muito abatido, porque queria uma princesa verdadeira.

Uma noite houve uma terrível tempestade; os trovões ribombavam, os raios rasgavam o céu e a chuva caía em torrentes — era apavorante. No meio disso tudo, alguém bateu à porta e o velho rei foi abrir.

Deparou com uma princesa. Mas, meu Deus!, o estado em que ela estava! A água escorria-lhe pelos cabelos e pela roupa e saía pelas biqueiras e pela parte de trás dos sapatos. No entanto, ela afirmou que era uma princesa de verdade.

— Bem, já vamos ver isso — pensou a velha rainha. Não disse uma palavra, mas foi ao quarto de hóspedes, desmanchou a cama toda e pôs uma pequena ervilha no colchão. Depois empilhou mais vinte colchões e vinte cobertores por cima. A princesa iria dormir nessa cama.

De manhã, perguntaram-lhe se tinha dormido bem.

— Oh, pessimamente! Não preguei olho em toda a noite! Só Deus sabe o que havia na cama, mas senti uma coisa dura que me encheu de nódoas negras. Foi horrível.

Então ficaram com a certeza de terem encontrado uma princesa verdadeira, pois ela tinha sentido a ervilha através de vinte edredões e vinte colchões. Só uma princesa verdadeira podia ser tão sensível.


Então o príncipe casou com ela; não precisava de procurar mais. A ervilha foi para o museu; podem ir lá vê-la, se é que ninguém a tirou.





Capuchinho Vermelho

Era uma vez uma menina que vivia numa aldeia no bosque. Toda a gente da aldeia a conhecia pela sua simpática e beleza. Certo dia a sua avó fez-lhe
um capucho vermelho, todos os seus amigos passaram a chamar-lhe capuchinho vermelho. Um dia, a sua mãe, preparou-lhe um cesto com bolos e mel para levar à sua avó, que estava doente.
No caminho encontrou um lobo mau, este fez-se de simpático e perguntou à menina:
- Onde é que vais? – Perguntou ele. - Vou visitar a minha avozinha que está muito doente. – Respondeu ela.

O lobo com ar de maroteiro disse à menina:
- Também seria bom que eu fosse visitar a avó da menina! – Exclamou o lobo
- Excelente ideia. – Afirmou a menina.

O que ela não sabia é que o lobo iria-lhe sugerir o caminho mais longe. E assim foi, o lobo chegou primeiro e comeu a avozinha. Quando o capuchinho vermelho chegou a casa da avozinha era um lobo que estava deitado na cama da avó. O capuchinho apenas se apercebeu que avó, neste caso, o lobo tinha umas mãos grandes, uns olhos grandes e por fim uma boca grande. Foi quando o lobo lhe disse:
- A boca é para te comer!

De repente salta da cama e come a menina adormecendo de seguida.
Um caçador que por ali passava apercebeu-se que o ressonar não era da senhora que ali vivia. Entrou e viu o lobo a dormir e lembrou-se que esta podia ter comido a avó. Foi quando lhe cortou a barriga de onde lhe saiu o capuchinho e a avó. Antes de lhe fechar a barriga, agarrou num monte de pedras e pôs lá dentro. Os três ficaram muito contentes e fizeram uma merenda para comemorar.







O Rato do Campo e o Rato da Cidade

Um rato que morava na Cidade, acertando de ir ao campo, foi convidado por outro, que lá morava, e levando-o à sua cova, comeram ambos cousas do campo, ervas e raízes.

Disse o Cidadão ao outro: – Por certo, compadre, tenho dó de ti, e da pobreza em que vives. Vem comigo morar na Cidade, verás a riqueza, e a fartura que gozas. Aceitou o rústico e vieram ambos a uma casa grande e rica, e entrados na despensa, estavam comendo boas comidas e muitas, quando de súbito entra o despenseiro, e dois gatos após ele. Saem os Ratos fugindo. O de casa achou logo seu buraco, o de fora trepou pela parede dizendo:

Ficai vós embora com a vossa fartura; que eu mais quero comer raízes no campo sem sobressaltos, onde não há gato nem ratoeira. E assim diz o adágio: Mais vale magro no mato, que gordo na boca do gato.



Mais vale magro no mato, que gordo na boca do gato.






Os Três Porquinhos

Era uma vez três porquinhos que viviam com a sua mãe, como já eram crescidos a mãe disse-lhes que chegara a hora de cada um ir á sua vida. Resolveram cada um construir a sua própria casa.
O mais preguiçoso construiu uma casa com palhinhas, foi o mais rápido e assim pode ir brincar, o seguinte construiu uma casa com paus, também acabou rapidamente e foi juntar-se ao seu irmão, o terceiro mais voluntarioso construiu a sua casa com tijolos.
Chegada a noite cada um foi para a sua casa, o lobo mau que andara todo o dia a observa-los e estava faminto foi bater á porta do primeiro porquinho.

- Truz, truz.
- Quem é? - Perguntou o porquinho assustado.
- Sou eu o lobo e quero entrar, se não abrires vou soprar, soprar até a casinha voar.
E assim o fez, a casa rapidamente voou, o porquinho fugiu para a casa do irmão seguido do lobo que bateu novamente á porta.

- Truz truz.
- Quem é? - Perguntaram os porquinhos assustados.
- Sou eu o lobo e quero entrar se não abrirem vou soprar, soprar até a casinha voar.

Assim o fez, a casa voou e os porquinhos fugiram para a casa de tijolo do terceiro porquinho, seguidos do lobo.

- Truz-truz- voltou o lobo a bater cada vez mais esfomeado.
- Quem é? - Perguntou o porquinho mais velho
- Sou eu, o lobo e quero entrar, se não abrires vou soprar, soprar até a tua casinha voar.

Assim o fez, mas a casinha nem um milímetro mexeu, o lobo olhou para a chaminé e pensou que seria por ali que poderia entrar e subiu ao telhado, mas o porquinho que era muito astuto tinha um grande caldeirão com água a ferver, quando o lobo entrou caiu directamente dentro do caldeirão dando um salto tão grande que foi parar ao meio da floresta e até hoje nunca mais ninguém ouviu falar no lobo mau.



(Os Três Porquinhos em verso)

Cada um a sua casa foi construir,

Para do lobo fugir.

O mais novo de palha,

Porque nunca se atrapalha.

O do meio de madeira,

Tudo à maneira.

O mais velho tijolos usou,

E foi o que os salvou.

Quando o lobo apareceu,

A casa do mais novo desapareceu,

E a do meio estremeceu.

Abrigaram-se na casa do irmão,

E aqueceram água no caldeirão.

O lobo espertalhão

Desceu pela chaminé.

E apanhou um escaldão,

No seu grande pé.